Vereador Geraldão é alvo de ataques homofóbicos.



Na política, panfletos maldosos e maliciosos atingindo a honra e a imagem de políticos resvalando para a pura baixaria são coisa do passado. A onda agora, em plena campanha eleitoral, é mandar mensagens para os celulares dos eleitores alertando-os para que não votem em determinado candidato por ele supostamente ser a favor dos homossexuais. A baixaria vai mais além, a ponto da assessoria do candidato receber até ameaças de morte.


O vereador Geraldo Tomaz Augusto (PMDB), o Geraldão, que também é juiz de paz e neste sábado vai formalizar uma união homoafetiva - entre duas mulheres, foi a mais recente vítima desta "politicagem".

A assessora do parlamentar recebeu uma ligação no fax da Câmara (e obviamente quem ligou sabe que os outros dois telefones têm bina), para que ela transmitisse um recado claro a Geraldão "Disseram que era para eu tirar o pé do acelerador, porque a minha vida poderia ser curta", afirmou o vereador à coluna [Moginews] ontem no final da tarde. Foram duas ligações em tom ameaçador recebidas - a primeira há uma semana, e também mensagens enviadas a eleitores dele dizendo que não votassem no Geraldão porque ele é a favor da união homoafetiva.

Diante das ameaças, Geraldão disse que não se intimidou. Vai realizar o casamento em Jundiapeba, conforme programado por força de determinação judicial, mas passou a adotar um certo cuidado - após às 18 horas anda com dois assessores para fazer campanha. "Não vou me intimidar, de jeito nenhum. Isso até me estimula", disse ele, que fez questão de fazer o mesmo desabafo via Facebook. Ele afirmou que não vai denunciar o caso à polícia até ter provas de quem possa estar por trás da "brincadeira" para que a pessoa possa ser devidamente denunciada. Moginews 11/09

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