Após ser discriminada, transexual é demitida da Casas Bahia e denuncia transfobia

Após sair da empresa Atento pelo mesmo motivo meses atrás, Gaby Stokweel de 22 anos, foi demitida da CB Contact Center, empresa de callcenter da Casas Bahia em São Paulo/SP, após reclamar em rede social de discriminação que teria sofrido dentro da empresa.

"Quase igual o que passei na atento, um supervisor, veio pedir para que eu troca-se de lugar, e me chamou pelo nome masculino, sendo que ja era a segunda vez que isso estava acontecendo e desde quando entrei na empresa todos ficaram cientes sobre o respeito que eu iria exigir se fosse contratada, ele me disse que fora da empresa eu podia ser qualquer coisa, mais la dentro eu era o Felipe, e seria tratado assim, pois é o nome que consta em meus registros, conversei com a supervisora geral e nada se resolveu, pelo contrário, ela piorou a situação falando que eu não poderia usar o banheiro feminino, sendo que é este que sempre usei e nunca tinham falado nada, fui conversar com os seguranças e eles me confirmaram, disseram que a empresa pede para eles não deixarem as travestis e transexuais usarem o banheiro feminino pois isso constrange as mulheres que utilizam o banheiro(...)" relatou em seu blog na terça passada.

Após publicar seu relato, Gaby teria sido demitida hoje da empresa em razão das discriminações. Disse que na empresa existem outras pessoas trans* que também tem as suas identidades de gêneros discriminadas e proibidas de utilizar o banheiro.

Reprodução/Facebook

A Lei Estadual 10.948/01 protege as pessoas LGBT de situações como estas, para encaminhar a denúncia é necessário possuir provas ou testemunhas da discriminação, para denunciar ligue para o Disque 100 gratuitamente.

Gaby disse que irá tomar as providências necessárias para reparar os danos que sofreu devido a sua demissão e as discriminações que disse ter sofrido. 

Este blog esta a disposição da Casas Bahia para se pronunciar sobre o caso: gustavodon@gmail.com

Comentários

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. Não sei se o fato é verídico com a moça, mas se for ela tem o direito de ser chamada pelo nome social sim, pois imagine você se sentindo um homem mas que por alguma razão nasceu em um corpo de mulher e ter que ser chamado de Maria aos 4 ventos... constrangedor, não?! Li os comentários dessa gente: "mas sou gay e blá, blá... sou lésbica e blá, blá, blá..." Não é a mesma coisa, entendam! Vocês estão felizes com os órgãos genitais e sexuais internos que possuem, nós não. E quanto ao outro que disse que enquanto não fizermos a cirurgia não devemos ser "respeitadas"(sim, vou usar esse termo), meu caro, preciso de muito dinheiro para uma cirurgia como essa, e imagina que vou juntar ganhando um salário mínimo, pois o único local onde conseguimos empregos são telemarketing e salões de beleza, sem falar na prostituição que muitas de nós são obrigadas a fazer, já que é a maior fonte de renda para arrecadar um valor tão grande vem de tal emprego... Se quer expor sua opinião, seja sensato(a) e pesquise sobre o assunto.

    ResponderExcluir

Postar um comentário