Em lançamento de programa, Marina não responde sobre apoiar casamento gay.



Nesta sexta (29), que inclusive foi comemorado o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, a candidata a Presidência da República pelo PSB Marina Silva lançou o seu Programa de Governo, que apresenta diversas propostas para a população LGBT, como a defesa pela criminalização da homofobia, da lei de identidade de gênero, apoiar projeto de lei de casamento civil igualitário entre outras.

Porém, na coletiva de imprensa de lançamento, ao ser questionada por uma repórter do site G1 se iria apoiar um projeto de lei que estabeleça o casamento civil igualitário com mudanças no código civil e na constituição, conforme esta prometido em seu programa, Marina respondeu sobre sua posição sobre a laicidade do estado e não mencionou sobre casamento civil igualitário ou direitos das LGBT:

Repórter do G1: "Gostaria de saber se a senhora, apesar das suas convicções religiosas, como presidente da república, se for eleita, vai apoiar um projeto de lei que estabeleça o casamento entre pessoas do mesmo sexo?"

Resposta da Marina: "Nós temos a clareza e a defesa do estado laico, o estado laico é uma contribuição, que muita gente desconhece, do cristãos protestantes que durante muito tempo foram perseguidos, o estado laico é uma invenção para proteger os que não creem de qualquer tentativa de impor a eles a fé de qualquer que seja o credo religioso, e ao mesmo tempo de evitar com que se elimine o direito e a liberdade dos que tem por direito o exercício de sua fé. O nosso compromisso é que os direitos civis das pessoas sejam respeitados e isso está na nossa constituição, nós queremos o respeito através do estado laico, tanto para os que creem quanto para os que não creem. As pessoas tem a sua liberdade individual e a liberdade individual de cada um deve ser respeitado sem que isso signifique qualquer imposição a qualquer que seja o credo religioso"



Mesmo que a pergunta não tenha sido sobre casamento religioso ou sobre a influência da religião na política, Marina preferiu falar sobre a laicidade do estado e as crenças religiosas das pessoas e não respondeu a pergunta da repórter se iria apoiar ou não um projeto de lei que possa estabelecer na constituição e no código civil o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Isso demonstra novamente, como em 2010, um afastamento da candidata das reivindicações do movimento LGBT e uma contradição no seu discurso em relação ao que está compromissado em seu Programa de Governo.

ABORTO E REGULAMENTAÇÃO DA MACONHA

Marina também disse ser contrária a alteração da legislação vigente sobre o aborto, defendendo outras políticas de prevenção de gravidez e sobre a regulamentação do uso da maconha defendeu uma ampliação da discussão com a sociedade, mencionando que em 2010 defendeu um plebiscito sobre o tema.


PSOL

Luciana Genro do PSOL que tem se destacado entre grupos virtuais LGBT, em razão das suas posições em favor dos direitos das pessoas LGBT, ainda não lançou o seu Programa de Governo.

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