O ódio faz novas vítimas: Karen Alanis e Samuel Rocha

O ódio contra as pessoas LGBT parece que continua avançando e muito em nosso país, em menos de uma semana da morte do jovem João Donati em Inhuma/GO, a intolerância matou novamente, em crimes que identificam indícios de motivação homofóbica e transfóbica.

Karen Alanis, Travesti, tinha 23 anos, trabalhava como prostituta em Caçapava/SP e morreu, nesta quarta (10/09) após ser agredida e jogada de um caminhão, foi socorrida e encaminhada para o pronto-socorro da cidade, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu por volta das 7h. O homem, não identificado pela imprensa, que teria contratado seu serviço, é acusado também de agredir e roubar outras travestis na cidade. Fonte: G1

Samuel Pacífico da Rocha, Gay, tinha 23 anos, de Criciúma/SC, pertencia ao Movimento Eclesial Aliança de Misericordia, e estava há 7 meses em São Paulo trabalhando com organização de eventos e morreu neste sábado (13/09) após ser esfaqueado na área do Terminal Rodoviário de São Paulo. Outros dois homens foram feridos, Márcio Alves da Silva, 32 e Cristiano Martins,36 também foram esfaqueados em lugares diferentes do Terminal, foram socorridos, passaram por cirurgia e seguem internados. A polícia ainda investiga o crime. Fonte: Folha de S.Paulo

(Atualização 15/09 14:42h)

Contrário o que disse o jornal Folha, as vítimas foram esfaqueadas dentro do banheiro público do Terminal Jabaquara e foram socorridas em locais diferentes, os três não se conheciam. Fonte: R7

Em seu perfil no Facebook vários amigos prestam homenagem, a amiga Helen Trevisol publicou um vídeo do Samuel em tempos de colégio:

"Um vídeo antigo que gravei na época que estávamos no colegial, e carinhosamente o chamávamos de Samuket. Não tem como não lembrar de ti com muito carinho. Não tem como não chorar por essa perda."

Karen foi claramente morta pela transfobia, já no caso do Samuel ainda é necessário localizar o assassino e a comprovação da motivação de homofobia depende do depoimento dele e também das outras vítimas assim que saírem do hospital, já que possivelmente não houve testemunhas que pudessem dizer se no momento do assassinato teve injúrias homofóbicas. Vamos ficar de olho nesse caso, e cobrar da policia a investigação e a justiça do crime.  Toda violência deve ser combatida, seja qual for o motivo. Lutamos por paz! Por isso lutamos contra a LGBTfobia!

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