No começo do ano, o jornal Folha de S.Paulo, através da jornalista Andreia Sadi, noticiou que o Exército brasileiro havia se posicionado contra a aprovação do projeto que criminaliza a discriminação contra a população LGBT, de autoria da ex-ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário.
Segundo o jornal, o Exército enviou parecer à Câmara dos Deputados afirmando que caso o projeto fosse aprovado poderia trazer "efeitos indesejáveis" para as Forças Armadas e "reflexos negativos" ao Exército.
A notícia causou grande repercussão, principalmente entre ativistas do Movimento LGBT, que defendem a criminalização da discriminação por orientação sexual e identidade de gênero como pauta principal de combate as violências homofóbicas e transfóbicas.
Na busca da íntegra deste documento, já que não foi publicado pelo jornal, o blog entrou em contato com a Câmara dos Deputados solicitando o parecer que teria sido enviado pelo Exército, que desconheceu o recebimento deste documento:
"Conforme verificado junto à Assessoria Parlamentar do Exército, o documento em epígrafe, até a presente data, não foi encaminhado à Câmara dos Deputados." - Fernando Sabóia Vieira, Secretário-Geral da Mesa Adjunto (15/01/2015)
E em nota oficial do Centro de Comunicação Social do Exército brasileiro, informa que "Nenhum documento desta Força, referente ao Projeto de Lei (PL) 7582/2014, foi enviado à Câmara dos Deputados.", assinado pelo Serviço de Informações ao Cidadão do Exército Brasileiro (SIC-EB)
Até o momento o Ombudsman da Folha de S.Paulo não respondeu o contato deste Blog cobrando esclarecimentos sobre a noticia.
Por Gustavo Don, militante do Movimento LGBT, membro fundador do Fórum Mogiano LGBT de Mogi das Cuzes/SP
Até o momento o Ombudsman da Folha de S.Paulo não respondeu o contato deste Blog cobrando esclarecimentos sobre a noticia.
Por Gustavo Don, militante do Movimento LGBT, membro fundador do Fórum Mogiano LGBT de Mogi das Cuzes/SP
CALOROSOS PARABÉNS pela iniciativa e pela descoberta. Acho que agora vale a pena divulgá-la especialmente aos canais de jornalistas profissionais críticos da grande imprensa (p.ex. Luis Nassif, Observatório da Imprensa, etc.), pois essa na verdade é de arrepiar os cabelos!
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